segunda-feira, 30 de junho de 2008

TREINO E RESISTÊNCIA

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Trabalhe a resistência nas zonas aeróbicas e anaeróbicas e ganhe fôlego para horas initerruptas de pedalada.

= acompanhe a matéria no link abaixo =

http://www.geocities.com/lucas_fbl/treino_de_resistencia.gif

domingo, 29 de junho de 2008

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Pedra Bonita - 07/06/08
(Relator: Augusto Jadder)

Acordei esta manhã às quatro horas da madrugada. Estava preocupado em perder a hora, mas voltei a dormir. Cinco e quinze toca o despertador! Comecei a me preparar para esse tão esperado passeio depois de um interminável final de semana com chuva. Esse passeio (dizia a minha intuição) prometia grandes emoções!!!

Peguei a minha BIKE, coloquei dentro do carro e parti ao encontro do meu amigo Guilherme. Estacionei o carro em sua rua no Jardim Botânico, tirei a minha BIKE do carro e liguei para ele avisando que estava lá pronto para o tão esperado passeio.

Não demorou, Guilherme apareceu e saímos em direção a padaria SÉCULO XX na Rua Pacheco Leão. Enquanto esperávamos, fui dar um reforço ao meu café da manhã para evitar surpresas na subida que ainda teriamos que enfrentar como primeiro desafio do dia.

Aos poucos a galera foi chegando, muitos cumprimentos, apertos de mão e várias conversas sobre bikes. Alguns ícones de pedal estavam presentes, como LEILA, PAULISTA, HENRIQUE, EDISON, SÉRGIO, EMÍLIO e muitos outros. A galera já estava formada e o limite da hora se impôs determinando a partida!

As ruas ainda estavam tranquilas, as casas fechadas e o galo preguiçoso para despertar quem ainda dormia. Mas o passeio prometia! Logo início ouvi um chamado de alguém! Quem seria? Olho para trás e vejo o Ricardo com problemas em sua bike. O que poderia ter acontecido? E logo veio a resposta do que a pergunta não queria calar! Meu raio quebrou, disse Ricardo! Meu passeio acabou por hoje! Não vou arriscar continuar. O problema poderá se agravar! Vou voltar para casa!

Continuamos a nossa subida! Nesse momento eramos Eu, Edison, Henrique e Leila subindo de forma moderada acompanhando o rítimo de nossa amiga (Leila) q
ue tem se superado a cada dia em nossas pedaladas.

Enquanto isso, a galera já estava nos esperando na Vista Chinesa juntamente com outro grupo (Denise, Paulista e Ana) que haviam subido pelo lado da Tijuca.

Como o
de sempre, muitas fotos, cumprimentos e manifestações de alegria! Uma confreternização, pode-se dizer assim! Leila a mais nova desafiadora das subidas, aproveita para apreciar a vista da cidade com a sua companheira BELATRIX enquanto eu fazia as fotos.

Após essa "confraternização entre amigos, subimos em direção a Mesa do Imperador onde posamos para algumas fotos do grupo, partindo em seguida para o Postinho do Alto da Boa Vista.

Muitas dúvidas
e opiniões contrárias no entroncamento entre as Estradas da Vista Chinesa e Gávea Pequena! Alguns eram favoráveis a subir direto para a PEDRA BONITA. Outros tinham a opinião de chegar ao Postinho do Alto para encontrar o Sebastião que havia subido pelo lado da Tijuca e provavelmente estaria lá nos esperando e aproveitar também para comer alguma coisa. No final, fomos todos para o Postinho!

Aos poucos a tranquilidade do lugar deu espaço ao nosso grupo que foi chegando e atrelando suas bikes nos bicicletários no postinho. Esse foi o momento da segunda "ceia" onde os espaços vazios nos estomagos da galera se encheram de refrigerantes, bebidas energéticas, barras de chocolate, etc.

Após os estômagos cheios e as energias recuperadas, as bikes foram desatreladas dos bicicletários e seguimos em direção a Estrada da Gávea Pequena com destino a PEDRA BONITA. Mais uma vez nossa iniciante de pedal, Leila e sua inseparável companheira Belatrix, desafiavam a subida com muita tranquilidade.

Na chegada a entrada da subida a PEDRA BONITA, mais fotos foram tiradas antes da fervorosa e temida subida.
Muitos empurraram suas bikes na subida. Mas como sempre... alguns mais audazes deram o "ar da graça" subindo pedalando suas bikes. Um exemplo disso, foi o nosso amigo Manoel que não me deixa mentir em foto tirada enquanto desafiava as leis da "CARDIOLOGIA!"

Lá em cima no último estacionamento que leva a rampa de decolagem de Asas Deltas, encontramos o nosso último desafio. A escadaria que nos levaria a uma das belas paisagens do Rio de Janeiro. Para alegria da galera, uma vista fantástica formada por um conjunto de montanhas, mar e edificações.

Muitos olhares de admiração em nossos rostos com a
deslumbrante vista da Praia de São Conrado. Alguns "micos" se fizeram presentes sobre a rampa de decolagem, como foi o caso da nossa amiga Leila com medo de subir a rampa e escorregar abismo abaixo! Hehehehehehehe... Por muito custo, conseguimos convence-la de juntar-se a nós para umas fotos a beira do abismo!!! Em pouco tempo o medo que antes era assustador, passou a ser coisa do passado. Várias fotos, várias poses e vários ângulos. Até a beirinha da rampa a "medrosa menina" desafiou para ver mais de perto a belíssima paisagem.

Por fim, à v
olta para casa! Ao chegarmos à saída na Estrada das Canoas, muitos já faziam planos para os próximos passeios. O grupo foi dividido e uma parte seguiu em direção a Tijuca enquanto o resto do grupo seguiu para São Conrado! No trajeto descendo em direção a São Conrado, ouve-se um GRANDE estouro de pneu. Quem teria sido o "INFELIZARDO"? Nosso amigo Henrique é claro! Com muita perícia evitou um acidente controlando sua bike depois de ter o seu pneu traseiro estourado! Mas como eu sempre digo: "Todo passeio que se preza, tem sempre um pneu furado"! Logo o pequeno grupo formado por Edison, Henrique, Denise e Eu (Jadder), paramos nossas bikes para ajuda-lo na substituição da câmara de ar. Foi um tremendo estrago! A câmara estava com um rasgo de aproximadamente 20cm de comprimento. A causa mais provável, foi excesso de calibragem somada ao aquecimento do aro de roda devido à atuação dos freios na descida que acabou por elevar a pressão do pneu causando esse contratempo.

Com tudo resolvido, roda no lugar e pneu cheio, continuamos a nossa descida para nos juntarmos ao grupo que nos esperavam na passarela em São Conrado. Logo após a nossa chegada a passarela, uma voz clamou em alto e bom som! "O que vocês acham de esticarmos esse passeio até o Pontal no Recreio"? Não levei fé na proposta do nosso amigo Paulista. Isso só poderia ser uma brincadeira! Mas como esse grupo tem um sério vício, o de pedalar, vou deixar que vocês adivinhem qual foi a resposta de todo o grupo!
(Texto: Augusto Jadder)

sábado, 28 de junho de 2008

Passeios oficiais da Kraft Bikes

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A Kraft Bikes realiza todo final de semana passeios pela cidade do Rio de Janeiro, sendo que aos sábados, os passeios são da categoria “pesados”, para ciclistas com um bom condicionamento físico.

As domingos são realizados passeios na categoria “leves”, com percursos de aproximadamente 30Km, para ciclistas iniciantes e com baixo condicionamento físico. Os passeios de domingo, são característicos, ideal para quem precisa adquirir condicionamento sem precisar pedalar ao extremo. Esses passeios são realizados em vias públicas cortando diversos bairros da cidade em sua maioria em terrenos planos ou de leves subidas. Ideal para a família e pessoas com mais idade.

Normalmente o ponto de encontro dos passeios são feitos em frente a uma das lojas da Kraft Bikes (Laranjeiras ou Leblon), com horário de concentração entre 07:00h e 07:30h da manhã.

Os passeios são sempre variados, sendo o percurso feito com a orientação de guias (ciclistas experientes da Kraft) indicando e sinalizando todo o percurso a ser seguido.


Aos sábados os passe
ios são mais longos com aproximadamente 50km à 120km de extensão variando entre planos e subidas que podem ser leves ou pesadas. A cada meia hora de pedal, fazemos sempre uma parada para descanso e alongamento da musculatura, além de trocarmos opiniões sobre o trajeto e novos pontos de parada.

Durante todo o percurso o grupo se mantém unido sempre andando em pares ou fila indiana. Caso aconteça de algum integrante do grupo ter algum problema técnico em sua bike, todo o grupo é orientado a parar e esperar concluir o reparo, seja um simples pneu furado, ou outro problema qualquer.

Com uma equipe treinada e um grupo disciplinado os passeios torna-se seguros e agradáveis, unindo pessoas com os mesmos propósitos de pedalar e incentivando a prática de exercícios físicos conquistando assim, uma melhor qualidade de vida!

Maiores Informações: www.kraftbikes.com.br

Rio de Janeiro ganhará bicicletas públicas

Publicada em 19/05/2008

RIO - Inspirado na experiência francesa, o governador Sérgio Cabral anunciou nesta segunda-feira, em Paris – onde está em missão oficial para atrair novos investimentos para o Rio – que lançará no estado um programa público semelhante ao das ciclovias da cidade francesa, conhecido como Velib.

O piloto será com cem bicicletas, em Niterói, onde a empresa Clear Channel venceu licitação da Prefeitura para operação do mobiliário urbano, que inclui também bicicletas. O primeiro trecho será o que ligará a Estação das Barcas, no Centro, ao prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF), no bairro de São Domingos. Cabral, no entanto, estimulará a expansão do projeto para toda a Região Metropolitana e a Baixada Fluminense, segundo a assessoria. Ele tratou do assunto em audiência com o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë.

– O sistema é extraordinário. Não é poluente, estimula a saúde com a prática de exercícios físicos e é amigável ao bolso do mais pobre – disse Cabral, que deu uma volta na bicicleta pública parisiense ao redor do prédio da Prefeitura.

Segundo o governador, tanto o Estado pode entrar na licitação junto com as prefeituras ou poderá participar como agente que vai estimular o uso das bicicletas como meio de transporte.

– A idéia é integrar cada vez mais os modais de transportes.

O plano, de acordo com Cabral, é integrar as linhas de bicicletas às barcas, ao metrô e aos trens. Ele destacou que a iniciativa pode e melhorar o trânsito.

Perguntado sobre como garantir que as bicicletas não seriam roubadas, o governador informou que elas terão sistema de GPS.

– Quem usa, tem que se identificar. Mas teremos que estudar todos os meios que possam garantir maior segurança. Ouviremos os especialistas da área – disse Cabral.

O secretário de Transportes, Júlio Lopes, integrante da comitiva do governador em Paris, disse que o Estado usará verba do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para dragagem do Rio Sarapuí para retirar casas de área de risco e pôr no local uma ciclovia de integração com a Baixada Fluminense.

Em Paris, o interessado usa cartões que, anualmente, custam 29 euros por pessoa.

http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/05/19/e190520488.html em 19/05/2008


Um tipo de bike para cada coisa

Por Marcos Adami

Bicicletas podem parecer todas iguais, afinal todas têm um quadro, selim, rodas e pedal. Pronto, o resto é detalhe? Claro que não! Assim como os automóveis não são todos iguais, bicicletas também não são. Para cada uso existe o modelo apropriado. Bicicletas para cidade, para trilhas esburacadas, rodovias, para manobras radicais, para cicloturismo, Existem até bicicletas próprias para passeio na praia e para transportes de pequenas cargas. Vale a pena conferir os modelos:

BMX - É a abreviação de bicimotocross, ou simplesmente bicicross. Crianças endiabradas adoram bikes como essas, convém comprar uns vidros de Merthiolate e umas caixas de Band-Aid juntamente com elas. Tem aros de 20'', quadro compacto e rígido para agüentar saltos e manobras radicais. O mesmo tipo de quadro é também usado em manobras de rua free-style, basta alguns acessórios como o rotor e o freio só na dianteira. Não têm marcha, pois não são destinadas a percorrer longas distâncias. O quadro pode ser de cromo, alumínio e titânio. A Caloi Diablo da foto custa R$ 165,00, mas outros modelos importados chegam fácil aos US$ 1,5 mil.

Passeio - Também conhecidas como confort bikes. São de alumínio, com 18, 21 ou mais marchas. Têm o selim bem largo e confortável. Próprias para passeios curtos e médios. Vêm com pneu próprio para o asfalto, mas podem encarar boas estradas de terra. Vão bem em cidades litorâneas, onde a maresia não corrói o alumínio. Podem ter suspensão dianteira ou amortecimento no canote de selim. Os preços começam na casa dos R$ 350.

City Bike - Não existem no mercado nacional. São comuns na Europa e Estados Unidos. São próprias para o uso urbano. Confortáveis e com espaço para pequena bagagem. Vêm com sistema de iluminação, obrigatório em alguns países para quem vai rodar à noite.


Feminina - O tubo horizontal do quadro é inclinado para garantir privaciade às mulheres de saia ao montar e desmontar da bike. Podem ser equipadas com cestinha no guidão para levar um nécessaire com batom, espelhinhos, celular além de transportar as compras, claro! São feitas em alumínio ou cromo, com marchas ou não. Preços a partir de R$ 300.


Mountain Bike - As mountain bikes, ou MTB para os íntimos, viraram febre mundial na metade dos anos 80. São os modelos que mais vendem no mercado. Em Portugal são chamadas de BTT, bicicletas para todo terreno. São próprias para estradas de terra, trilhas em terrenos acidentados, neve e lama. São boas também para uso urbano e com pneus slick são adequadas para o cicloturismo. Têm o quadro e rodas muito resistentes, pneus lameiros e chegam a ter até 27 marchas para vencer qualquer subida.

Hoje é muito comum terem suspensão dianteira e até mesmo dianteira e traseira, no caso das full suspension. Os norte- americanos, inventores das MTB, não param adicionar tecnologia a esses bichos. Tem MTB com quadro de cromo, fibra de carbono, alumínio, titânio e até mesmo uma liga que se chama scandium, que é um material que se usa em mísseis soviéticos. Dependendo da brinom mais facilidade.


Downhill - Ou DH. É uma variação do mountain bike, mas apenas servem para descer ladeiras como foguetes no meio de florestas, encostas pedregosas e outras doidices. Perfeita para amantes da adrenalina e ossos quebrados. Se você não tem um bom plano de saúde com resgate aéreo melhor esquecer! Essas bikes têm o quadro superdimensionado, pesado, com suspensões dianteira e traseira de grande curso e freio a disco. Alguns modelos chegam a custar R$ 16 mil.

Ciclismo - São as bicicletas de corrida. Ideais para entusiastas do esporte. Rodam bem em estradas boas com asfalto perfeito. São velozes, leves (entre 7 e 10 kg) e percorrem grandes distâncias com facilidade. O quadro pode ser de cromo, alumínio, fibra de carbono e titânio. As rodas são aros 27'' com pneus finos como um dedo médio. Há opções de câmbio de até 20 marchas e os nos modelos mais recentes os mudadores de marcha são incorporados na alavanca de freio. Desaconselháveis para uso urbano. Preços a partir dos R$ 1 mil.


Triatlo - Irmãs mais novas das bikes de ciclismo. Têm as rodas no tamanho 26'' para proporcionar uma superfície frontal menor e cortar o ar com mais facilidade.

São específicas para a prática do triatlo, onde a prova de ciclismo tem apenas 40 Km. Esses modelos são muito ágeis em curvas. O quadro é mais compacto que os de ciclismo e possui uma geometria própria para poupar os músculos que serão utilizados na corrida a pé, após os 40 Km na bicicleta. Se você não treina triatlo, fique longe delas! Impróprias para passeios. Preços a partir dos US$ 1.5 mil.


Sobre as bikes reclinadas

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Como tudo começou


A bicicleta é, com certeza, o veículo símbolo não só de liberdade, mas de amizade e igualdade. Isso porque, seja rico, seja pobre, criança ou adulto, brasileiro ou não, todos são iguais quando estão em cima de uma bicicleta. O único poder que se tem é o da sua própria força e vontade, para ir e vir para onde bem se quiser.


A bicicleta me acompanhou da infância à adolescência, mas foi já adulto que, aos 20 anos, descobri as HPV (Human Powered Vehicles), mais especificamente as bicicletas reclinadas.

Alguns amigos e eu gostávamos de dar longas pedaladas nos finais de semana. Saíamos de Santa Tereza (bairro do Rio de Janeiro), subíamos a estrada das Paineiras, descíamos até à Barra da Tijuca pedalando até Grumari. De lá voltávamos pela orla, passando novamente pela Barra, S. Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Flamengo.

Apesar de prazeroso, ao final do dia chegávamos muito cansados, e pior, com dores no bumbum, nas costas, no pescoço e nos braços. Nesta época eu e a maioria usávamos bicicletas de corrida, que além de serem leves, apresentam um ótimo rendimento no asfalto. Mas as dores eram um incômodo, que desestimulava pedaladas mais freqüentes, ou mais longas. Eu me perguntava se não existiria uma alternativa melhor de conforto, sem contudo comprometer o ótimo rendimento da "Speed". Tentei de tudo, guidon mais alto, selim mais largo, até uma Cruizzer "Light" (precursora das atuais Montain Bikes) e, apesar de minimizarem as dores, eliminá-las parecia distante.

Até que em um belo dia, assistindo a um documentário da National Geographic na televisão, pude descobrir que outras pessoas no mundo inteiro, que, queixando-se das mesmas coisas que eu, criaram uma espécie de associação onde o objetivo era criar novos designs de bicicletas, triciclos e outros veículos de propulsão humana (HPV - Human Powered Vehicles). A meta era construir veículos mais rápidos, mais confortáveis e mais seguros, uma vez que o desenho da bicicleta tradicional não havia sido modificado substancialmente em mais de 200 anos. Foi desfilado no vídeo uma quantidade infindável de bicicletas e triciclos, alguns parecendo geringonças e outras parecendo aviões ou naves espaciais. O espetáculo de tipos e conceitos era interessantíssimo, viam-se pessoas pedalando de bruços e outras quase deitadas. Segundo o narrador o importante era não só, ser mais rápido, o que era possível graças a uma posição mais aerodinâmica, mas sim a troca de idéias e experiências entre os competidores que tentavam resolver os problemas técnicos das formas mais criativas possíveis.

Este vídeo me animou de tal forma que, tendo gravado o programa, eu o revi milhares de vezes, parando, analisando e estudando. Nesta época eu acabara de ingressar no curso superior de engenharia mecânica (CEFET), e vi ali a oportunidade de pôr em prática o conhecimento que adquiria nas aulas. Após meses desenhando propostas para um projeto de HPV, finalmente me determinei a construir um triciclo experimental.

Foi com a ajuda de um grande amigo e vizinho - Derek Flinte - que, juntos, iniciamos a construção do protótipo. Cortávamos e limávamos os tubos que eram restos de bicicletas velhas que tínhamos e levávamos as peças para serem soldadas em uma serralheria próxima. Era um passatempo muito divertido projetar, construir e experimentar. Experimentar era a parte mais empolgante, pois andar em algo jamais visto, sem saber ao certo se ia funcionar e qual seria a forma mais adequada de dirigir era uma grande aventura. Juntos construímos vários protótipos, de triciclos a bicicletas reclinadas, nossa pista de teste não podia ser melhor: ladeira, paralelepípedo, trilho de bonde. O protótipo que fosse capaz de passar por isso tudo incólume, com certeza, era de ótima qualidade. Foi nesta época que começou no Rio de Janeiro, o "Tuesday Night Bikers" e é claro que já tínhamos um ótimo protótipo para estrear no asfalto.

Nosso protótipo usava as marchas nacionais mais vagabundas, o câmbio Dimosil, freios Side Pull, rodas dianteiras aro 20'' de uma bicicleta de cross e roda traseira 27'' de uma bicicleta de corrida. Se ele fosse capaz de acompanhar as Speed Bike no passeio seria um indicativo do sucesso do protótipo e de sua filosofia de projeto. Para nossa feliz surpresa, o protótipo não só acompanhou as Speed Bikes, como em sprint, atingiu velocidades e acelerações superiores. No terreno plano ela foi capaz de atingir uma velocidade máxima de 56 km/h - marcado em um velocímetro digital Sigma Sport alemão, tendo uma média horária de passeio de 35 a 40 km/h, isso sem o inconveniente das dores no corpo.

Desde então tenho dado continuidade ao aperfeiçoamento de novos modelos de bicicletas reclinadas, cujos projetos têm sido fruto não só da minha experiência e conhecimento, mas também da contribuição de amigos e usuários que, tendo adquirido suas reclinadas, fizeram questão de dar sugestões para a melhoria do projeto.

A essas pessoas inovadoras que preferiram arriscar um novo conceito e quebrar seus paradigmas em detrimento da tradição e conservadorismo,agradeço e responsabilizo pelo presente e futuro sucesso da Zöhrer bicicletas.


O DESEMPENHO DAS BICICLETAS RECLINADAS


As reclinadas bateram todos os recordes do ciclismo. Isto porque elas são aerodinamicamente superiores e biomecanicamente mais eficientes que as bicicletas convencionais, o que quer dizer, menos área frontal significa menor resistência do vento. De maneira geral a reclinada já é 10% mais rápida que uma convencional. Com uma carenagem parcial este fator pode chegar a 20%-25% mais rápida e até mais se a carenagem for completa. Reclinadas para uso em asfalto não são necessariamente mais rápidas que as convencionais. Isto depende principalmente do próprio ciclista. Mas se você estiver mesmo a fim de correr procure uma reclinada com características próprias e comece a treinar, pois esta lhe trará ótimos resultados.

Entre em contato conosco através dos telefones ou e-mails abaixo:
0xx21-2235-9379; 0xx21-9327-7788; 0xx21-9994-1325
Nosso endereço de contato: zohrervendas@gmail.com


sexta-feira, 27 de junho de 2008

Pedalando até o Forte Santa Cruz


Uma boa opção para um bom passeio de bike no final de semana é conhecer a Fortaleza de Santa Cruz em Niterói.

Um lugar muito bonito, com lindas praias reservadas e uma linda vista da Cidade do Rio de Janeiro com os seus relevos geográficos mais conhecidos do mundo como o Morro do Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.

A Fortaleza de Santa Cruz foi estabelecida por Villegaignon, em 1555, que improvisou uma fortificação para a defesa da França Antártica. Tomada por Mem de Sá doze anos depois, esta fortificação foi ampliada e transformada no principal ponto de defesa da Baía de Guanabara, recebendo o nome de Nossa Senhora da Guia. A partir de 1632 foi denominada Fortaleza de Santa Cruz da Barra, passando por obras de remodelação, com pedras já cortadas e numeradas vindas de Portugal, que só terminaram em 1870. Teve, mais tarde, participação efetiva em momentos importantes da História do Brasil. Localizada na entrada da Baía da Guanabara, foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 04 de Outubro de 1939, tornando-se uma das principais atrações do roteiro turístico niteroiense, recebendo diariamente turistas do mundo inteiro.


Hoje os canhões desativados que protegiam a Baía, agora são objetos da curiosidade dos visitantes da Fortaleza de Santa Cruz.


Sem dúvida alguma, o Forte é uma atração turística com a sua marcante arquitetura e suas grandes muralhas de pedras sobrepostas construídas no alto de uma colina, que proporciona uma das mais belas vistas da Baia de Guanabara .


Forte Barão do Rio Branco

O Forte Barão do Rio Branco, situado no mesmo local,não possui registros precisos sobre a época de sua construção.. No entanto, tudo indica que a mesma ocorreu juntamente com o estabelecimento da Bateria de Nossa Senhora da Guia, no ano de 1567, na Ponta de Santa Cruz, tendo sido erguida para proteger o flanco daquela posição.

Entretanto é certa sua participação durante as incursões dos piratas franceses em 1710 e 1711. No ano de 1887, o Forte era artilhado com 24 canhões de bronze portugueses e dois canhões "à barbeta", fabricados na Inglaterra. Estes dois últimos permanecem em posição até hoje no Pátio do Forte.

Forte de São Luiz e Forte do Pico

O Forte São Luiz data de 1567, com o estabelecimento, no local, de um posto de observação e vigilância da Bateria Nossa Senhora da Guia. A sua efetiva construção deu-se entre 1769 e 1770, no governo do Marquês do Lavradio.

A Fortificação foi concluída em 1775. Alguns anos mais tarde, porém, seu comando foi extinto, e sua guarnição incorporada à da Fortaleza de Santa Cruz. O Forte permaneceu abandonado entre 1831 e 1863, até sua reativação, em decorrência da "Questão Christie".

Atendendo aos imperativos de mudança de tática da época, e por determinação do Mal Hermes da Fonseca, foi iniciada, em 1913, a construção de nova fortificação, mais moderna e localizada na parte mais elevada. As obras terminaram em 1918.

Incorporado ao Forte Barão do Rio Branco em 1938, permaneceu como seu Quartel de Guerra até a sua extinção, passando suas instalações e armamentos à 1ª Bateria do 1º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado e ao Forte do Imbuhy.

Em 1992, a fortificação e seu acervo passaram à responsabilidade do 8ºGACosM e em abril de 98 o Forte São Luiz foi aberto à visitação pública aos sábados, domingos e feriados.


Forte do Imbuhy

A construção do Forte do Imbuhy iniciou-se em 1863, e tinha por função ligar-se com o Forte Barão do Rio Branco, o qual, por sua vez, cruzava fogos com a Fortaleza de Santa Cruz. Em 1871 as verbas destinadas à sua construção foram remanejadas para outros fortes, prosseguindo no entanto as obras até 1877, quando foram totalmente paralisadas. O forte permaneceu abandonado até que, em 1894, os planos de construção foram reativados, decidindo-se, então dotá-lo de uma cúpula encouraçada, armada com canhões de 280 mm e 75 mm, de origem alemã.

Em 1901, o Forte do Imbuhy foi inaugurado e considerado um forte de primeira classe por possuir os maiores canhões de cúpula do mundo na época. Em 1957 o Forte do Imbuhy foi desativado e, em agosto de 98, foi aberto à visitação pública aos sábados, domingos e feriados.

Considerações ao Forte

Esse é um passeio que vale a pena! Ao seu redor, a visão bem acima do horizonte, nos mostra cenas que podemos considerar verdadeiros cartões postais com belíssimas paisagens.

Fiz várias fotos mostrando algumas praias privativas do Forte que confirmam a beleza do lugar.

Depois que conheci o Forte, passei a ser um freqüentador constante, ao visitá-lo com freqüência toda vez que atravesso a baia com a minha bike. Constantemente nos finais de semana, muitos ciclistas dão um colorido diferente a paisagem do Forte com suas roupas coloridas montados sobre suas bikes. São grupos grandes de aproximadamente trinta a quarenta ciclistas vindos de todos os lugares do Rio.

Vamos dizer não ao caos urbano originado pelos veículos automotores que congestionam as ruas da nossa cidade e poluem o meio ambiente!

Vamos incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte contribuindo para melhorar a qualidade de vida sem a poluição dos gases poluentes expelidos por automóveis, motocicletas, ônibus e caminhões.

A cidade necessita de um traçado de ciclovias eficaz que corte toda a cidade, permitindo o ir e vir de seus usuários com toda a segurança.

Desta forma, teremos uma melhora na qualidade de vida das pessoas e estaremos contribuindo com o nosso Planeta Terra preservando a camada de ozônio evitando assim, a degradação do nosso planeta. (texto: Augusto Jadder)

A bicicleta e suas peças


O Brasil é muito grande, diversificado e tem várias expressões locais. O nome da bicicleta e suas peças muda de região para região.
Abaixo está representado um glossário ilustrado com as principais peças da bicicleta.




Passador de marcha

Controle manual do sistema de mudança de engrenagem das coroas (através do câmbio dianteiro) e do cassete ou da catraca (através do câmbio traseiro).
Em inglês: shifter - aparelhagem para mudar ou variar alguma coisa.








Passador de marcha com manete de freio







Câmbio dianteiro

Mecanismo responsável pela troca de marchas na bicicleta, acionados pela alavanca de câmbio. O câmbio dianteiro realiza a passagem da corrente entre as coroas.
Em inglês: Front derailer








Câmbio traseiro

Mecanismo responsável pela troca de marchas na bicicleta, acionados pela alavanca de câmbio. O cambio traseiro realiza a passagem da corrente entre os anéis dentados do cassete ou da catraca.
Em inglês: Rear derailer








Cassete

Conjunto de anéis dentados, fixados na roda-livre do cubo da roda traseira. Recebe a corrente que vem desde a coroa ou coroas fixada (as) no pedivela.
Em inglês: Cassete








Roda livre

Peça fixada no cubo da roda traseira. Recebe a corrente que vem desde a coroa fixada no pedivela.
Em inglês: Freewheel








Corrente

A corrente é formada por elos e faz a conexão entre a coroa fixada no pedivela e a catraca ou o cassete na roda traseira.
Em inglês: Chain








Conduíte flexível de cabo de aço

Conduz os cabos de aço dos freios a dos câmbios.








Freio

Tipo de freio acionado por cabo de aço através do manete de freio. Ao ser acionado, as sapatas de freio afixadas na peça entram em contato com o aro da roda, forçando a frenagem.
Em inglês: Brake ou Rim brake (freio de aro)








Freio a disco

Peça similar ao freio a disco dos automóveis. Consiste num disco montado no cubo da roda e um conjunto de peças chamado "caliper" (sistema do freio, burrinho, pastilhas etc) preso ao quadro (sistema traseiro) ou ao garfo (sistema dianteiro). Ao ser acionado de forma hidráulica ou mecânica (depende do tipo de freio a disco) comprime as pastilhas no disco realizando a frenagem.
Em inglês: Disc brake








Manete de freio

Alavanca de freio desenhada para freio acionado com cabo de aço.
Em inglês: Brake lever - alavanca de freio.








Garfo

Peça que conecta o sistema de direção (guidão e mesa) à roda dianteira, passando pelo quadro da bicicleta.
Em inglês: Fork.








Garfo com amortecedor

Suspensão dianteira.
Em inglês: Front suspension.








Guidão estrada

Paça tubular fixada no garfo através da mesa.
Em inglês: Road handle-bar.








Guidão Mountain Bike

Em inglês: Mountain bike handle-bar.








Manopla

Peça de borracha colocada no guidão para maior conforto na dirigibilidade da bicicleta.
Em inglês: Grip.








Mesa

Peça que conecta o guidão ao tubo central do garfo.
Em inglês: Stem - suporte.








Movimento central

Este tipo de movimento central (cartridge, em inglês, ou cartucho) é instalado no quadro da bicicleta, e nele são fixados os pedivelas direito e esquerdo.
Em inglês: Bottom bracket.








Pedal

Pedais simples de duas faces de superfície plana para sapatos comuns.
Em inglês: Pedal.








Pedivela com coroas

Pedivela - peça que conecta o pedal ao eixo do movimento central.
Coroa - Anel ou aneis dentados fixados no pedivela.
Em inglês: Crank.








Pneu

Peça de borracha que se encaixa no aro da roda. Recebe dentro dela uma câmara que deve ser inflada numa determinada calibragem para que suporte o peso da bicicleta e do ciclista, realizando uma rodagem segura.
Em inglês: Tire.








Quadro

Chamado a "alma" da bicicleta. Recebe a maioria das peças, tais como garfo, selim, pedivela etc.
Em inglês: Frame.








Cubo de roda com blocagem

O cubo é a peça do meio de uma roda, onde são presos os raios. Consiste num cartucho com rolamentos ou esferas e um eixo passando pelo meio. Este eixo é fixado no garfo (roda dianteira) ou no quadro (roda traseira) através do blocante (blocagem rápida) ou através de porcas (depende do modelo do cubo).
Em inglês: Hub - cubo de roda. Quick release - blocagem rápida.








Rodas

Uma roda é formada por um cubo com blocante ou porcas (dependendo do modelo do cubo), um aro e raios.
Em inglês: Wheel.








Selim

Assento.
Em inglês: Saddle.








Canote de selim

Peça que se fixa no selim para o encaixe no quadro da bicicleta.
Possibilita a regulagem da altura do selim.
Em inglês: Seat Post








Amortecedor traseiro

O amortecedor traseiro é uma peça que usa um tipo de mola e/ou amortecedor para proteger o ciclista e a bicicleta dos efeitos da rodagem em superfícies irregulares. É fixada num quadro especialmente desenhado para isso.
Em inglês: Rear suspension.








Imagens autorizadas: www.shimano.com e www.sram.com